O que é flexografia?
20 de junho de 2023 0 Por Flexo In FocoO que é flexografia?
A flexografia é um método de impressão relevográfico onde a imagem é gravada em uma matriz feita de borracha ou polímero fotosenssível à luz UV. Essencialmente, trata-se de uma versão moderna da impressão tipográfica, desenvolvida para funcionar em alta velocidade e em formato rotativo. Essa técnica pode ser empregada para imprimir em praticamente qualquer tipo de material, incluindo plástico, filmes metálicos, celofane e papel. As tintas utilizadas na flexografia secam rapidamente por evaporação e são seguras para uso em embalagens que entram em contato direto com alimentos
Como acontece o processo de impressão?
No sistema flexográfico a impressão ocorre da seguinte forma: uma matriz de impressão é fixada em um cilindro porta-clichê e montado na unidade de impressão (a unidade de impressão é composta pela fonte de tinta, rolo dosificador e o cilindro anilox). O cilindro anilox transfere a tinta para a matriz de impressão que por sua vez transfere a tinta para o suporte de impressão. Logo após a impressão, o material impresso passa pelo sistema de secagem ou cura UV. Atualmente, as máquinas flexográficas possuem três principais plataformas de impressão: tambor central, modular, e Stack.
Origens da flexografia
A origem da impressão flexográfica remonta a cerca de 170 anos atrás, na década de 1850. A primeira adaptação dessa técnica pode ser vista nessa época. A primeira impressora flexográfica patenteada foi construída em Liverpool, Inglaterra, por Bibby, Baron and Sons em 1890. Essa impressora utilizava um tipo de tinta à base de água e ficou conhecida como “Bibby’s Folly” (A Loucura de Bibby). No início de 1900, outras impressoras europeias foram desenvolvidas, utilizando placas de impressão de borracha e tinta à base de óleo de anilina.
Alguns anos mais tarde, Douglas Tuttle inovou o sistema de transferência da tinta para a matriz de impressão, introduzindo em 1939 o cilindro anilox, que foi fundamental para o processo de impressão flexográfica em meados da década de 1930. No entanto, a impressão flexográfica passou por um desenvolvimento significativo ao longo do tempo. A partir da década de 1950, houve um aumento do interesse por essa técnica em vários setores, o que levou à realização do primeiro fórum flexográfico em 1957. Esse fórum foi um sucesso e resultou na criação da Flexographic Technical Association (FTA) no ano seguinte, cujo objetivo era disponibilizar conhecimento existente e promover novas tecnologias.
A partir da década de 1960, a impressão flexográfica experimentou uma incrível taxa de desenvolvimento. Novos produtos e aplicações foram desenvolvidos, e a FTA teve um impacto significativo na indústria flexográfica.
A DuPont apresenta o Cyrel®
Em 1974, a DuPont ingressou na indústria flexográfica ao apresentar as primeiras chapas elastoméricas de impressão de fotopolímero sob a marca Cyrel® para a indústria de embalagens impressas. Com a inserção do cilindro anilox, o desenvolvimento de sistemas de raspagem da tinta com lâminas (doctor blade), e o aparecimento de novas tecnologias de matrizes flexográficas, a flexografia estava pronta para o próximo nível: modernização do designer das impressoras e a aplicação das possibilidades de conversão de insumos.
A técnica evoluiu para permitir a produção de embalagens de papelão ondulado e a introdução de novos substratos. A partir desse período, a impressão flexográfica continuou a se desenvolver e se adaptar às demandas da indústria, tornando-se uma das técnicas de impressão mais populares e amplamente utilizadas.
Os impactos da flexografia
A impressão flexográfica teve um impacto significativo na indústria de embalagens. Uma das principais razões para sua popularidade é sua versatilidade e capacidade de imprimir em uma ampla variedade de substratos, como papelão ondulado, plástico, filmes e materiais flexíveis. Isso permitiu que a indústria de embalagens expandisse suas opções de design e oferecesse embalagens mais atraentes e funcionais para os produtos.
Além disso, a impressão flexográfica é conhecida por sua eficiência e velocidade de produção. Ela permite a impressão em alta velocidade, o que é essencial para a indústria de embalagens, onde grandes volumes de produtos precisam ser impressos em curtos períodos. A flexografia também oferece uma boa qualidade de impressão, com cores vibrantes e detalhes nítidos.
Outro fator que contribuiu para a popularidade da impressão flexográfica na indústria de embalagens é seu custo relativamente baixo em comparação com outras técnicas de impressão, como a rotogravura. Isso torna a flexografia uma opção acessível para empresas de diferentes tamanhos, permitindo que elas produzam embalagens de alta qualidade a um custo razoável.⇒
Em resumo, a impressão flexográfica impactou a indústria de embalagens ao oferecer versatilidade, eficiência, velocidade de produção e custos mais baixos. Esses benefícios tornaram a flexografia uma escolha popular para a impressão de embalagens, impulsionando seu crescimento e adoção generalizada na indústria.
O futuro da flexografia
Diante de todos esses fatos, é inevitável afirmar que o futuro da flexografia parece brilhante. De acordo com Smithers, o valor global da impressão flexográfica aumentará de US$ 167,7 bilhões em 2020 para US$ 181,1 bilhões em 2025, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 1,6% a preços constantes, impulsionado pela impressão de embalagens e etiquetas, bem como produtos sanitários/utensílios de cozinha1. Os mercados regionais de crescimento mais rápido serão a Ásia e a Europa Oriental.
Podemos sinalizar o início da revolução digital nos sistemas de impressão com o aparecimento de Benny Landa, fundador da Indigo Digital Press em 1977, que é considerado o “pai da impressão digital”. O surgimento da HP Indigo em 1992 revolucionou a indústria de impressão ao introduzir a tecnologia de impressão digital em cores, que permitiu a impressão de um arquivo de computador diretamente no papel. Esse fato fez outras empresas iniciarem os primeiros conceitos de hibridização das plataformas flexográficas.
As máquinas híbridas, que combinam flexografia com tecnologia de impressão digital, estão se tornando mais populares. Por exemplo, a série Digital iQ da Mark Andy combina a plataforma flexográfica Evolution Series da Mark Andy com um módulo de jato de tinta Domino N610i UV para impressão de alta qualidade para produção de altas tiragens. A Mark Andy também oferece pacotes de IA que atendem às demandas da Indústria 4.0 para automação aprimorada.
Algumas das principais empresas responsáveis por levar a flexografia ao próximo nível incluem Bobst, Nilpeter, Mark Andy, MPS, OMET e Gallus. Essas empresas estão constantemente inovando e expandindo os limites do que é possível com a tecnologia de impressão flexográfica.
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